quarta-feira, 24 de julho de 2013

Olhos nos olhos

Quando você me deixou, meu bem, me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci.
Mas depois, como era de costume, obedeci.
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quando você me quiser rever
E que venho até remoçando,
Quando talvez precisar de mim,
Quero ver como suporta me ver tão feliz.


(Chico Buarque)

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Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.